100 CRIS´ES

quinta-feira, maio 04, 2006

“De bicho”

Ele surgia assim, do nada, “de bicho” como gostávamos de dizer. Sempre cheio de carinhos, abraços... e “pérolas”. Muitas “pérolas”.

Soltava frases fantásticas nos momentos mais inusitados. As palavras ganhavam novos significados, enriquecendo a Noosfera. Seu raciocínio era louco e genial, uma combinação que, aliás, sempre deu certo.

E aí, quando eu já estava me acostumando a tê-lo por perto, ele sumia. Tinha esse hábito. Não podia ficar muito tempo num lugar só, era elétrico, “FerVilhante”. Mas sempre, sempre dava um jeitinho de dizer que estava presente: por e-mails, torpedos, cartas, ligações, sinais de fumaça, telepatia...

E agora não podia ser diferente. Mesmo não habitando mais a esfera terrestre, ele continua arrumando alguma forma de dizer que está por perto. Algo como “Tô aqui viajando por outros ares e lembrei de você! Saudades, menina... Um beijo!”, ou então “Pim, pim, amanhã na praia!”.

Mineiro(*) aparece “de bicho” nos meus sonhos e, sinceramente, é uma das coisas mais gostosas e gratificantes que me acontecem hoje em dia. O pensamento nos aproxima. O sentimento nos mantém unidos. A alma eterniza isso tudo.


(*) Mineiro para alguns, FerVil para outros, Fernando Villela para todos.