100 CRIS´ES

terça-feira, setembro 27, 2005

Mente sã, corpo são

A cabeça manda e o corpo obedece. Quem é que ainda não se deu conta disso? Aposto como todo mundo está cansado de saber que, se nossa cabeça não estiver boa, se nossos pensamentos são negativos, é o corpo que reage e sofre. Surgem as doenças que parecem vir em cadeia, uma após a outra, uma influenciando a outra. E o resultado disso tudo é piorar ainda mais a cabeça, recomeçando um processo que, se não tomamos cuidado, nunca chega ao fim.

Mas como sair deste círculo? É fácil ter consciência da situação, o difícil é controlar os pensamentos. E com a saúde enfraquecida então... Não tenho a resposta pra isso mas acredito muito em uma coisa: conversar. Não é a toa que os consultórios dos psicólogos vivem cheios. As pessoas precisam colocar pra fora o que se passa com elas. Precisam debater, pedir conselhos, compartilhar experiências. Muitas vezes só o ato de expôr o problema e organizar o pensamento para poder se expressar já faz com que alguma coisa se esclareça ou que uma solução venha à tona.

Nesse ritmo louco em que vivemos, não deixamos espaço (ou deixamos pouco) para essa interação com os amigos que nos faz tão bem. Quando digo interação me refiro à participação de vida e não apenas sair pra se divertir. Sempre digo e repito: “São nas horas de perrengue que podemos ver quem realmente se importa conosco, quem nos ama. Porque ser companheiro nos momentos felizes é muito fácil”. E isso vale para todos com quem nos relacionamos: amigos, namorados, maridos, irmãos, primos, tios... Mas cuidado! Também é importante ver quem realmente quer nos colocar pra cima e quem só fala coisas que nos empurram para o fundo do poço. Se o caso for este, não resta dúvida: aperte o botão de emergência e mande esta pessoa para o espaço. De preferência pra outra galáxia.

quinta-feira, setembro 08, 2005

A do jacaré...

Quem conhece a trilha de Abraão até Palmas em Ilha Grande sabe que, depois de quase 2 horas de caminhada, atravessa-se um riozinho para chegar nas areias da praia. E um rio junto com uma praia, água doce com salgada, é sinônimo de diversão pura. Quem nunca desceu um rio boiando até ir parar no mar? Delícia!

Pois bem, depois de aproveitar muito - mar, rio, sol, peixinho, cervejinha, soneca – chegou a hora de voltar. Quando fui atravessar o rio novamente para pegar a trilha, uma coroa muito simpática começou a gritar: “Cuidado com o jacaré!”. Parei e pensei: “Essa mulher tá de gozação com a minha cara! Imagina, jacaré em Ilha Grande? Hahaha! Essa é boa!”. Obviamente ignorando o conselho da mulher, continuei atravessando o rio sem a menor pressa. Porém, não pude deixar de reparar que ela segurava uma bandeja cheia de peixes e estava caminhando, pela areia, rio acima. Quando cheguei na outra extremidade do rio, olhei para trás e me deparei com uma cena curiosa: a coroa estava jogando os peixes no rio e gritando “Vem cá meu filho! Vem cá meu filho!”. Imediatamente peguei a máquina na minha mochila e fiquei a postos para fotografar. “Nuca se sabe o que pode acontecer”, pensei.

Não é que a mulher chamou mesmo o jacaré? Ele apareceu, foi nadando em direção a ela, ficou paradinho ali no meio do rio, olhando pra ela por um tempo e depois voltou pra onde estava. Mal pude acreditar! Fotografei, claro, apesar da distância (Droga! Podia estar mais perto!).

Depois disso, a coroa foi bater papo com um urubu. É sério! E o pior é que parecia que o bicho tava entendendo ela mesmo porque depois os dois saíram andando, lado a lado. É isso aí, cada um com o seu dom...

OBS:
1- Depois, contei o episódio do jacaré na sorveteria de Abraão e lá me disseram que existe uma controvérsia muito grande na Associação dos Moradores sobre deixar ou não os jacarés soltos em Ilha Grande. São três. Pelo que se sabe eles só atacaram cachorros até agora... Eu hein!
2- Como eles foram parar lá? Dizem que um cientista alemão que foi morar lá há alguns anos atrás levou algumas espécies que não existem em ilha para estudar. Entre elas, os jacarés e uma sucuri. O cientista morreu, os bichos ficaram soltos. Se alguém souber dessa história direito me conte!